Por que decidi virar um minimalista?
Muitas pessoas que conhecem me perguntam por que decidi me tornar um minimalista e a resposta é bem simples. Para encontrar a felicidade… Fim!
Brincadeiras a parte, essa é a resposta mais sincera, contudo preciso lhe mostrar (afinal você está aqui para isso) o porque essa decisão foi pensada levando isso em consideração.
Por que me tornei um minimalista essencialista?
A alguns anos estava entrando em uma nova faze de minha vida. Havia acabado de sair de um relacionamento de 4 anos que me deixaram muitas marcas. Além disso, estava em um emprego mediano e tinha acabado de me formar.
Não sabia muito bem o que fazer ou para onde ir. Tinha muitas dúvidas sobre qual caminho seguir e como deveria seguir.
Eu tinha apenas uma certeza, eu amava a psicologia e gostaria de ajudar o ser humano. Mas como fazer isso se nem eu mesmo estava me ajudando?
Minhas reestruturação emocional foi bem complicada no inicio e por alguns meses eu procrastinei muito uma decisão e foi ai que a vida decidiu por mim.
Um dia cheguei para trabalhar e meu chefe já estava me aguardando com minha demissão pronta.
Agora eu estava recém formado, sem experiência e sem emprego. Então decidi arriscar e abrir meu próprio consultório.
Não foi um inicio fácil, mas pouco a pouco fui ganhando clientes e as coisas melhoraram muito.
Melhoraram tanto que achei que podia começar a viver melhor.
Comecei a comprar coisas que eu nem precisava e entulhar dentro de minha casa.
Vou pescar? Então vou comprar aquela vara mesmo que eu quase nunca pesque.
Vou acampar? Bora comprar uma barraca, mesmo que seja para usar apenas 1 vez por ano.
Logo, minha casa ficou cheia de coisas que eu não precisava ou que nunca mais iria usar, mas que estavam lá. Vai que um dia eu precise né.
Fora isso, ainda existiam pessoas que eu mantinha por perto mesmo sem ter nada em comum com elas, só porque elas me davam a “atenção e admiração” que eu tanto queria. Então para mostrar o como eu era legal, comprava ainda mais coisas.
Não preciso nem dizer que em pouco tempo as contas começaram a bater a porta não é.
Dividas surgiam quase como mágica e meu dinheiro durava cada vez menos. mesmo assim, a cada respiro que eu tinha fazia questão de torrar tudo o que sobrava, afinal de contas. Dinheiro não pode sobrar né?
Mesmo com coisas bonitas e pessoas que me cercavam e admiravam as coisas que eu tinha, não me sentia feliz.
Um novo lançamento de celular… Eu já tinha e comprá-lo me dava uma grande satisfação, mas logo em seguida eu já queria um melhor.
Aquele vazio não sumia e me incomodava profundamente.
Não demorou muito e as minhas velhas crises de ansiedade e enxaqueca começaram a me atormentar e eu simplesmente não sabia de onde vinham.
Não aguentando mais as pressões, problemas e contas que estavam me sufocando, voltei para terapia, mas mesmo assim ainda tinha algo dentro de mim que não conseguia enxergar e essa coisa que me incomodava e dizia que estava fazendo algo errado.
Não demorou muito e minha terapeuta, excelente, diga-se de passagem, me ajudou a ter um insight que mudaria minha vida. Eu estava tentando tanto ganhar a atenção das pessoas, que não me importava em me sacrificar no caminho.
Logo após ter esse insight, comecei a perceber que toda minha vida era baseada nisso. Meu comportamento, meus pertences, minhas amizades e até meus gostos musicais eram pensados para tentar ganhar a admiração das pessoas.
Agora eu sabia qual era meu problema, mas como resolver? Quebrei a cabeça por um tempo tentando encontrar essa resposta, até que ela veio a mim em forma de um documentário sugerido pelo Netflix. Esse documentário se chamava Minimalismo.
Neste ponto tudo começou a mudar.
Leia também: Essencialismo – Aprenda a fazer o necessário
O início do minimalismo na minha vida
Basicamente, após estudar o minimalismo a fundo, decidi que o que mais combinava comigo era o minimalismo essencialista, ou seja, manter apenas o essencial.
Doeu viu! Foi muito difícil admitir e começar a mudar…
Comecei me livrando de algumas velhas coisas que só mantinha pois acreditava que seriam uteis para algumas situações.
Depois comecei a me afastar lentamente de algumas pessoas que só se mantinham perto de mim por proveito próprio, ou seja, porque eu era “bonzinho” e tinha coisas legais.
Aos poucos fui me livrando das coisas desnecessárias e buscando sempre controlar minha vontade de comprar coisas novas. Então, pouco a pouco, comecei a me libertar de “necessidades” de ter ou ser coisas apenas para mostrar para os outros e ganhar suas aprovações.
Iniciei uma profunda mudança gradativa que aos poucos foi me libertando de ansiedades e velhas dores.
Acho que a parte mais difícil começou neste ponto, pois aqui eu já não era mais dependente de coisas materiais, minha vida financeira estava nos trilhos, mais ainda faltava uma importante parte de mim. Minha personalidade.
Por anos, fui um garoto tímido que me achava feio e que me inferiorizava na frente do espelho.
Para me sentir menos mal, inventava estórias de heróis onde eu me colocava no papel de protagonista, simplesmente para me imaginar um pouco melhor do que eu me julgava ser.
Essa minha baixa autoestima e autoimagem distorcida haviam me levado até aquele ponto e se não cuidasse dela, um dia ela poderia me puxar de volta para minha velha vida e isso eu não poderia aceitar.
Não foi fácil e a luta durou anos, mas pouco a pouco minha autoestima, autoimagem e confiança foram melhorando.
Consequentemente minha necessidade de adquirir também foi sumindo e o minimalismo que era tão difícil no inicio foi ficando cada vez mais fácil e natural.
Minha mudança de postura, logo começou a ser sentida e alguns que antes não me respeitavam, começaram a respeitar e alguns só se afastaram mesmo dizendo que eu não era mais o mesmo. E eles estavam certos.
E para finalizar e jogar a pá de cal no antigo Eu, digo, na minha antiga mascara, ainda conheci uma filosofia que deu ainda mais sentido a minha vida. O estoicismo.
Hoje em dia, abandonei as necessidades de ganho de aprovação e simplesmente vivo uma vida muito mais tranquila e feliz.
Aprendi a valorizar o momento e as pessoas amadas enquanto mantenho próximo de mim apenas o essencial para me permitir viver uma vida feliz e tranquila.
Abandonei a ganância e a necessidade de querer sempre mais, para a vontade de querer o que eu mereço.
E acima de tudo, estou em constante procura do meu autoaprimoramento, procurando cada vez mais me conhecer e dar mais valor a mim mesmo.
Neste processo, comecei esse Blog, meu canal no Youtube (link aqui) e meus podcast (link aqui), que tem como principal intuito, ajudar outras pessoas que como eu estão perdidas ai presas em uma matrix que só as fazem sofrer sem saber o porque.
Espero que minha história tenha te inspirado, nem que seja um pouco e me desculpe se em algumas partes fui um pouco raso, mas alguns detalhes não são necessários.
E agora eu quero uma contribuição sua. Quero que role essa pagina até o fim e faça um comentário sobre como está a sua jornada.
Obrigado!