Mais um dia da minha triste existência
Oh! Quão desafortunado eu sou
Oh! Quão triste é meu ofício
E quão penoso é para mim executá-lo
Porem não vejo minha vida apenas como um comer a carne
De corpos que antes transbordavam de vida
Minha existência é triste, pois não é só a carne que devoro,
Mas também seus sonhos nunca realizados
Me alimento de potenciais nunca explorados,
Me alimento de ideias extraordinárias que nunca saíram da mente,
Me alimento de belíssimas músicas nunca escritas,
Me alimento de projetos revolucionários nunca realizados.
Nesta triste sina sigo meus dias
De mordida em mordida
Limpando uma riqueza inestimável
De seus ossos cansados
Eliminando os potenciais que vocês deixaram morrer com vocês
Quem sou eu?
Sou um verme de cemitério.
Cara que post incrível. Adorei seu poema